Ministério Público comprovou que o acusado premeditou o crime e agiu com extrema frieza
O Tribunal do Júri de Brusque condenou um homem de 49 anos a 53 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira, morta a facadas em abril deste ano.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)**, o crime foi premeditado, e a motivação estaria ligada à não aceitação do fim do relacionamento. A sentença, proferida nesta segunda-feira (20), foi baseada na Lei nº 14.994/2024, que transformou o feminicídio em crime autônomo.
### Premeditação e brutalidade
Durante o julgamento, a promotora de Justiça Louise Schneider Lersch demonstrou que o réu perseguiu a vítima nos dias anteriores ao crime, aguardando o momento em que ela estivesse sozinha. O ataque aconteceu nas primeiras horas da manhã, dentro da casa da vítima, quando o agressor se aproveitou da confiança e da relação anterior para surpreendê-la.
O Tribunal do Júri acolheu integralmente a tese do Ministério Público, reconhecendo todas as qualificadoras e determinando a execução imediata da pena.
### Histórico de violência
O condenado já havia cumprido pena por agressões e homicídios contra outras companheiras, apresentando um histórico de comportamento violento e controlador. Para o MPSC, a decisão representa uma **resposta firme do Estado** contra a reincidência de crimes letais praticados contra mulheres.
“O Estado precisa agir de forma rigorosa para romper o ciclo de violência e proteger vidas que ainda podem ser salvas”, declarou a promotora Louise Lersch.
### Relembre o caso
Na manhã de 29 de abril, o acusado matou Terezinha Soares Moreira, de 49 anos, com quatro golpes de faca — três no abdômen e um no tórax. O crime ocorreu na casa da vítima, no bairro **Limeira**, em Brusque.
Apesar do rápido atendimento dos bombeiros e do SAMU, **Terezinha sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu a caminho do hospital**.
A mãe da vítima presenciou parte do ataque. O agressor fugiu em uma motocicleta, mas foi preso horas depois em São Bento do Sul, portando uma mochila com roupas e itens pessoais — indício de que planejava fugir.
Durante o interrogatório, o homem alegou ter agido por ciúmes, mas a investigação confirmou a premeditação e a frieza na execução do crime.

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